sexta-feira, janeiro 23, 2004

só o corpo faz sentido


somente o instante pra fazer do dia um tempo incerto. saí de casa e o céu me dizia algo da chuva. da chuva e de seus atributos. é estranho o modo de pensar a natureza. às vezes penso se estou ou não separado dela. e penso se nós, humanos, somos mesmo mamíferos ou vírus (cf. agent smith [matrix]). quero escrever sobre espinosa e sua concepção acerca de deus. espinosa é um alberto caeiro que fazia filosofia à maneira dos geômetras. não há nada mais janeiro do que isso.
:marcos ramon

natureza o quê?
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quinta-feira, janeiro 15, 2004

mas o tempo corre...
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insconstância


como pode o tempo ser o mesmo todos os dias? cada instante é eterno. cada minuto é zero.
:marcos ramon
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máxima racionalidade


o melhor é não ser, não ser nada. acreditar que o ser é mais importante é irracional (cf. schopenhauer). "nada vai melhorar. melhor ou pior, tudo vai ficar apenas diferente" ("a excêntrica família de antônia"). a vida surge sem saber de onde. a vontade da vida quer viver. "esta é a única dança que dançamos". o tempo não se preocupa com a vida ou com a morte. o "ser" é efêmero. a realidade mesma é o não-ser. eu vim do não-ser, sou, vou voltar a não-ser. a única coisa que temos é o instante. o dia de amanhã é desde já um lucro.
:marcos ramon
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Local: Brasília, DF, Brazil

Professor de filosofia, pesquisa estética e cibercultura.

reúno fragmentos espalhados em cada vão renunciado

anti-nada eu escrevo o que me vem na telha


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