JAMES JOYCE: UM FRACASSO LITERÁRIO
Jorge Luis Borges disse que a literatura serve para nos fazer felizes (o que não quer dizer que não possa haver uma literatura melancólica. Neste caso podemos encontrar felicidade no prazer de ler um livro bem escrito, com belas passagens – ainda que melancólicas). Se o escritor argentino, autor de “O Aleph”, estiver certo, e eu acredito que esteja, então a obra do irlandês James Joyce não faz sentido. Sua literatura, geralmente caótica e ilegível (com exceção de “Retrato do Artista quando Jovem”, que é quase agradável), tira do leitor o essencial: o prazer de ler. Impossível encontrar alguém que não se sinta completamente desconfortável após a leitura de, no máximo, uns dois parágrafos do “Ulisses”. Mas, podem dizer alguns, existe ainda o prazer de terminar a leitura de um pedregulho de quase 700 páginas. No entanto, que prazer é este que exige infinitas horas de desconforto para que no fim apenas se diga: “Eu li 700 páginas de James Joyce, mas não entendi...”?
Clarice Lispector é um trilhão de vezes melhor escritora que James Joyce, Fernando Pessoa também, Fante também. Até Bukowski – um grande porra louca – é melhor escritor que James Joyce. O autor de “Ulisses” é um escritor técnico, mas não é um bom escritor. No entanto, é um escritor técnico que deve ser lido (assim como Ezra Pound, outro técnico, talvez até maior, que escreveu o “ABC of Reading”, cartilha de muitos “poetas” ludovicenses).
Resumindo: a literatura existe para ser prazerosa. Logo, James Joyce é um fracasso literário.
:Marcos Ramon
e agora? enquanto todos sonham com o inesperado, o mundo me persegue com seus "sims" e "nãos"!
:marcos ramon
n?o d? pra
entender nada. é simplesmente imposs?vel. o que dizer do inaudito? o que ouvir do imprevis?vel? o antigo e o novo se cruzam a cada instante. mas nenhum quer mais encarar a realidade.
:marcos ramon