segunda-feira, junho 23, 2003



pintura de Joe Sorren
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sexta-feira, junho 13, 2003

Se a alma não é pequena



"É quando os pés saem do chão e você se sente em queda livre onde o fim parece não chegar nunca;

É quando nada nem ninguém são capazes de dizer aquilo que você quer ouvir e mesmo que digam, você não consegue dar ouvidos porque está se sentindo um lixo e nada parece ser verdadeiro;

É quando você se olha no espelho e só o que vê é o espectro da derrota que te dá a sensação de ser inerente a ti;

É quando a vontade não existe mais e tudo o que te resta é não fazer nada e só pensar no seu fracasso e o quanto você foi o quase, sem nunca chegar à exatidão;

É quando as lembranças só te trazem tristeza e uma saudade que dói do que poderia ter sido e não foi, e do que foi e poderia não ter sido;


É quando o melhor amigo não te basta, a família não te basta, o céu azul, o mar revolto, a grama molhada, a rosa do jardim, nada disso te bastam e a solidão parece ser a única coisa capaz de te compreender;

E as músicas, os filmes, os livros, as peças, tudo te traz recordações daquilo que você não precisa mais lembrar porque já foi. Sim, já foi. O passado já foi, o presente é todo instante e o futuro ainda virá a ser. E quando nada te parece ser o suficiente para te tirar da fossa depois de uma rejeição, é porque a ajuda necessária é interna. Se não estivermos dispostos a nos ajudar e a negar toda mão que nos é estendida perdemos o melhor da vida.

A rejeição é um mal necessário para uma auto-análise que nos permite um crescimento construtivo. Quando as lembranças se tornam mais cinzentas, menos nítidas e o horizonte parece ser mais palpável, ficamos mais fortes e atrativos de boas energias.

E aí estamos prontos para prosseguir num caminho mais harmônico. Porque todo o mal que possa parecer a você é um bem necessário para um futuro favorável."

Gisele Nunes Brasil

leia mais: Bolsa de Mulher
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(colagem de richard hamilton)

o que é arte? o que é pop? quando tudo se mistura resta ainda alguma coisa?
:marcos ramon
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quarta-feira, junho 11, 2003

CONTROLE EMBUTIDO


todo dia a noite esconde algo que não mais esperamos. o que fazer com o que não mais possuímos? como olhar sem medo para o que não queremos? aquele copo, aquela mesa, aquele resto de comida. os olhos morrendo. o dia e a fome desvalendo o tempo pelo suor de se estar vivo.
:marcos ramon


gravura de josé guadalupe posada
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sexta-feira, junho 06, 2003

RELOADED?


regarregando tudo! já não se fazem casas como antigamente. agora a chuva alaga meu tempo e meus olhos. o que dizer diante da perspectiva do já proposto e do já escolhido? nestes últimos dias tenho lido jean baudrillad e exatamente agora estou ouvindo jaco pastorius e pensando que o mundo às vezes é estranho (ou somos nós os estranhos, querendo um mundo ideal?)
:marcos ramon
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Local: Brasília, DF, Brazil

Professor de filosofia, pesquisa estética e cibercultura.

reúno fragmentos espalhados em cada vão renunciado

anti-nada eu escrevo o que me vem na telha


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